É um prazer imenso ter vocês aqui... Infelizmente, não tenho dado ao blog a atenção que ele merece, devido a correria do dia a dia. No entanto, o "Essência da Palavra" continua ativo, apesar da frequência reduzida de publicações. O carinho de vocês pelo espaço tem grande importância a mim. Obrigado!


Wesley Carlos, 17/09/2017.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Intenso Amor

Meu amor transborda por meus lábios,
a cada instante que te beijo...

Minha alma, com isto, se preenche,
com nossos intensos desejos...

Meu coração pulsa mais forte,
a cada toque, a cada olhar...

E seu amor faz meu amor
neste instante de te amar.


Por: Wesley Carlos
Desculpem a ausência, estou sem assinatura de internet, por isto não ando tendo uma frequência de postagem... O "Essência da Palavra" continua ativo, e voltará em breve com novas postagens. Obrigado a todos!

domingo, 12 de agosto de 2012

Dois Anos de Essência da Palavra

Reinauguração


Foram dois longos anos onde o sonho de se transformar sentimentos em palavras pode alcançar, de certo modo, algum público. O “Essência da Palavra”, inicialmente conhecido como “Waiting-room”, era somente um espaço para publicar o que havia escrito e deixava guardado na minha gaveta; contudo, meses seguinte, o carinho que passei a receber dos poucos seguidores que havia conquistado fora o bastante para que eu pudesse modificar o modo de tratar o blog, de me direcionar ao blog e até mesmo o modo de me expressar a partir dele. Já não queria escrever sobre o imaginário, sentia a necessidade de descrever meus sentimentos fazendo deste espaço uma recriação de mim em um ambiente fictício de meu ser.
A arte de escrever é contemplada e reconhecida quando existe alguém que possa ler onde, além de ler, sinta-se presente na história ou na poesia escrita. Quando me refiro à palavra eu vejo o leitor como o impulsor para que exista um autor. O autor pode até criar, dar o fim que desejar ao que esta criando e descrever sons e ambientes da sua melhor forma ou da forma que lhe apraz. O leitor, no entanto, é aquele que avalia o que foi lido, é aquele que se sujeita a sentir o que foi escrito, é aquele que imagina cada cena descrita onde somente ele tem a capacidade de “ver” o que o autor, por se preocupar demais em descrever, ainda não comtemplou.
Sinto como se cada texto fosse um pedaço de mim, e realmente é. Se estou triste, transfiro este sentimento para um personagem e nesta transferência crio outro que trás as palavras que necessitava que alguém me dissesse e o abraço que outrora não recebi. As palavras conseguem formar amigos para que eu possa desabafar, as palavras conseguem realizar sonhos das quais estaria longe de meu alcance e nesse poder incontrolável de ter a liberdade de criar, vou realizando sonhos, vivendo sentimentos e amando eu mesmo de forma cada vez mais complexa, mas, talvez, coerente.
Sinto o amor presente em uma poesia, sinto o calor da crítica presente na dissertação, sinto a criatividade existente em uma fábula, sinto o sonho existente em um conto, sinto o abraço sufocante de uma crônica… Sinto em cada texto uma essência que somente as palavras são capazes de formalizar, torna-se visível e sensível ao que ler.
Escrevo para ser, ou para deixar de ser, o que sou ou o que ainda não cheguei a ser; escrevo para fazer da minha vida a existência de outras vidas que só se tornam vivas quando alguém lê: como se o leitor tivesse o “poder” de um criador e de constituir diferentes aparências para uma única que eu havia criado.
O mérito de uma leitura é destinado ao leitor, nunca ao autor... Quem lê é quem dá vida; é quem sente o, antes, insensível; é quem constitui as imagens, antes, só descritas... Se não houvesse leitores, as palavras ficariam presas e imóveis: seriam inexistentes!
Escrevo para despertar imaginação, inspirar sonhos, desfazer conflitos ou constituir harmonia. A razão de escrever esta em torno da vida dos imaginários que só sobrevivem dentro de uma folha de papel... Escrevo para me colocar em risco e me salvar várias vezes revelando minha coragem e destreza; escrevo para errar e corrigir minhas próprias falhas: como se eu fosse outro, que de fora, me observa a todo instante. Como se eu mesmo fosse meu instrutor que, crítico e rígido, busca o meu melhor não ignorando nenhuma falha.
Gosto de escrever sobre sentimentos porque o sentido da existência esta em torno deles; escrevo sobre sentimentos para tornar vivo meus personagens; escrevo sobre sentimentos para sentimentalizar quem lê. Escrevo para que, quem lê, sinta-se inserido em que, indiretamente, inserido já estava; escrevo para me encontrar e, depois de achado, me perder novamente nas entrelinhas dos meus próprios sentimentos, da minha própria existência... Perder-me e me encontrar dentro de mim com o intuito de saber quem, como e o que realmente sou ou tudo que um dia já fui.
Agradeço a todos que estiveram presente comigo durante estes longos anos de sonhos realizados e sentimentos vividos. Neste espaço acabei me conhecendo um pouco mais e gostando ainda mais de mim, neste espaço tive a oportunidade de saber o que vocês sentem ao ler e a opinião do que havia lido. Respeito cada palavra que aqui for dita, porque é elas o sentido deste espaço ainda existir.
Não sei se tornarei um escritor consagrado, no entanto, as palavras já me permitiram realizar grande parte deste mesmo sonho. 
Por: Wesley Carlos

DOIS ANOS DE ESSÊNCIA DA PALAVRA
Obrigado a todos que participaram comigo até este segundo aniversário, construí este espaço com muito  carinho e sem vocês nada disso aqui teria razão para existir, as palmas abaixo são destinada a  você: Leitor!
                   
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sábado, 30 de junho de 2012

Pingo de Esperança

Republicação
Resolvi abrir a janela do meu coração e deixar a suave brisa do amor que passava entrar e se apoderar para levar o odor da tristeza. Os raios daquele sol de entusiasmo invadiam e esquentavam cada cômodo oco de meu peito. Os delicados sons das vozes dos pássaros cantavam uma história onde a paixão me brindava com um olhar mágico e impulsivo.
Não havia nuvens naquele céu de lembranças, mas havia me esquecido de o olhar deslumbrado com a visão redirecionada às flores de esperanças que desabrocharam dias atrás. A primavera surgia trazendo o perfume suave das rosas para dentro do pequeno lar e uma borboleta delicada e flácida pousava na janela de meu peito e pausadamente movimentava suas asas descansando da longa viajem até chegar a mim.
Um beija flor da sorte surge e começa a sugar a água adocicada que eu havia posto na janela para atraí-lo há alguns anos, mas como a janela esteve fechada por tanto tempo poderia não ter o visto outras vezes. Resolvi, então, abrir as portas do meu coração e começar retirar as telhas de aranha no teto e nos rodapés. Movi alguns móveis do lugar, limpei a sujeira escondida por atrás deles e aos poucos o cheiro ruim de mofo se desprendia.
Peguei a vassoura da reflexão e varri toda a amargura para a garagem e deixei para recolher e ensacar depois. Movi as cortinas: a poeira do medo caia ao chão. Parei por um pequeno instante para descansar e sentei na janela olhando o jardim: (suspiro!) Como as flores estavam lindas e não percebia por ter deixado as janelas e portas trancadas por tanto tempo...
Um raio de luz era refletido pela água do chafariz onde um pássaro da raça fé se banhava contente por eu ter permitido que a água voltasse a se acumular ali. Logo a companhia toca, levanto-me e olho para ver quem queria entrar. Abri a porta de meu peito e a felicidade, que por muito tempo não me visitava, entrou. Sentou-se, conversamos calmamente enquanto tomava o chá de ponderação que prepara meio amargo.
Naquele instante não teria como ele ser doce, o açúcar tinha acabado há tempos e já passava despercebida sua ausência em mim. Conversar com a felicidade e tomar aquele chá parecia dá mais brilho e encanto ao jardim que por tanto tempo evitei visualizar. Meio apressada ela visitou cada cômodo do meu coração e mostrava sua satisfação com a faxina que resolvi fazer derrepente:
- Faltam somente mais alguns detalhes a ser alterado e limpado para eu voltar a morar contigo... - disse com um sorriso meigo na face e passando os dedos na cômoda onde eu guardava algumas palavras fortes e amargurantes que já havia recebido.
Após andar por todo o peito, ela volta até a mesa de chá e termina de beber o da xícara comigo.
- Deseja mais? – perguntei.
- Não, obrigada! Só quis mesmo vir para mostrar o que ainda falta para eu voltar a morar aqui, tenho que partir agora. Mas não tenha presa, devagar me alcançaras. Os que vão muito rápido a minha procura passam por mim e nem me percebem.
Levantou-se e saiu, pela mesma porta que entrara, acenando.
Juntei as xícaras e guardei o chá para terminar de consumi-lo mais tarde. Mirei os olhos por volta e vi que ainda havia muito que limpar ali. Peguei um pano de arrependimento, enchi um balde com lágrimas e o pano molhado nelas serviu para limpar toda a sujeira no chão da sala.
Estava tudo muito empoeirado, apesar de agora o ambiente está claro e perfumado, a faxina duraria por alguns meses até sentir o coração limpo por completo. Havia rastros do ladrão de sonhos por toda a parte, ele entrara e levara consigo todas as caixas de sorriso da dispensa. Precisava recuperar tudo que havia perdido para a solidão que eu já tinha expulsado junto com o nascer daquele sol que modificava minha vida.
Fui até a garagem e juntei toda a amargura, lançada lá, antes que o vento a trouxesse de volta para dentro do meu coração e desanimasse minha faxina. Ensaquei, coloquei o lixo na calçada esperando o caminhão semanal de recolha de sofrimento da companhia Amizade passar e o levar para reciclar em um sorriso e trazer a caixinha cheia deles para mim.
             E, por fim, sorri enquanto algumas alegrias brincavam de esconde-esconde de frente ao portão. Um portão que por tanto tempo esteve fechado acumulando resíduos de um sonho, de um sentimento, resíduos em meu coração de outro coração. Sentei no banco do jardim e olhei o por do sol que por tempo não nascia para mim. A lua que viria parecia ser cheia: cheia de vontade de viver e parecia querer compartilhar aquele novo sentimento comigo. 
Por: Wesley Carlos 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Marca de Sujidade

Sua aparência era bastante reprimível: de ombros largos, baixa, cabelos escuros e crespos, olhos amarelados, roupa encardida, chinelo de cor distinta, unhas grandes e acomodando sujeira, pés enlameado e magricela. De certa forma, quando Liara apareceu em minha porta pedindo um prato de alimento meu coração em sintonia com a alma chorou.
              “A páscoa novamente não chegara farta para todos”, lamentei-me.
               Convidei para que entrasse, se banhasse e vestir-se mais adequadamente. O calor daquele sol forte a fez transpirar intensamente e aquilo lhe ocasionava um mau cheiro. Indiquei onde ficava o banheiro, cedi uma toalha, uma muda de roupa nova e deixei que ela se banhasse.
                Enquanto Liara se limpava, e com isso, eu colocava à mesa uma combinação de mantimentos, deparei-me com perguntas em que o questionário que eu compunha fazia com que eu mesmo refletisse.
                A Semana Santa da sociedade insocial chegava revelando a cada um de nós teu próprio declínio da decadência do espírito social nesta ânsia imoral de comemorar a santidade sendo que atitudes dos santos ainda não cometemos.
                A ausência de amor, ou ainda, da verdadeira pureza deste sentimento, levou aos homens a paixão insaciável ao descaso com os demais seres em vida. A sociedade contemporânea vive dentro de um universo pessoal criado dentro de si onde tudo, e todas as suas ações, passam a ser reflexos desta incompetência relativa de ser social em uma sociedade egoísta e desigual: vivemos todos os dias, exclusivamente, para nós!
                A páscoa, símbolo de ressurreição, somente comprova de como precisamos renascer todos os anos e mudar. A Semana Santa, símbolo de paixão, morte e ressurreição, somente vem para mais desta ideia completar. É notório perceber o que esta incoerente a nossa volta. O problema é que vedamos nossos olhos enquanto nos deleitamos em banquetes, esquecendo-se que ali perto, existe um ser esperando que um “santo” se aproxime e ofereça um alimento e, ainda, uma simples ajuda.
               Agora me diga: onde está a ressurreição do nosso espírito social? Onde está a paixão pela vida e por sua qualidade? Será que esperaremos a morte e extinção da nossa própria existência?
              Nossa sociedade já não é mais inocente, nosso ser já se tornou algo violável. A vida aos poucos faz de si mesmo algo sem valor, e nossa pureza vai à ausência de amor... E esta mesma pureza dissipa na imundície do desprezo com nosso próximo, como se o próximo fosse inferior, estando à inferioridade dentro de si mesmo: o egoísmo!
Jesus vence a morte para mostrar o valor da vida. Nós estamos vivos, e levando nossa própria essência de forma, talvez, irreversível no colapso da ausência de ser social. E ainda somos capazes de comemorar... Que inútil!
"Onde há de estar o amor que Jesus semeou?", perguntava-me sem obter respostas.
Liara sai do banheiro segurando a toalha que ficara amarelada e me entrega quieta e apreensiva. Puxei a cadeira, pedi para que sentasse e a observei comer. Depois de se sentir satisfeita com o que havia comido, agradece com uma voz baixa e tremula. Acena indicando que irá partir e a acompanho até a porta... Sem olhar para trás ela seguia caminhando lentamente na direção da nascente do riacho e, aos poucos, desaparecia vagarosamente pelo horizonte que dali observava.
“Teria ela o que comer amanhã? Será que haveria o amanhã?”, lamentei-me.

Por: Wesley Carlos 

terça-feira, 27 de março de 2012

Confissões

Com olhos fechados, te via!
Você mesmo muda, eu te ouvia!
E seu cheiro insensível, em mim se prendia!
Sua presença impresente, me saciaria!
Sem toques, você me abraçava!
Ausente de teus lábios, os nossos se encontravam!
E no encontro dos desencontros, sorria!
Invisivelmente você, aqui, existia!
E ausente do oculto presente, lhe observaria!
E o sentimento ainda inexistente, aos poucos, sentia!
...
Delírio! Delírio!
Amar!

Por: Wesley Carlos 

sábado, 17 de março de 2012

Âmago Matrimônio

Não havia ninguém na cerimônia, rosas sem cor, sem perfume e murchas faziam a ornamentação do lugar. A matriz nunca esteve tão vaga onde os sons caminhavam encontrando-se repentinamente...  O tempo nublado e o calor incomodante movimentavam uma pequena molécula de suor que descia por minha costa.
                A música, que se ouvia na ausência de músicos, iniciava-se indicando que era o momento de eu entrar, em passos solenes, até o altar. E iniciei pequenos passos e mantive meu olhar ao chão. Um pequeno nervosismo corria por meu corpo e se convertia deixando minha perna tremula. Tentei despertar um sorriso nos lábios e, após sua estabilização, o mantive até chegar ao altar.
                A música aos poucos se silenciava... Virei-me de forma que pudesse olhar para os bancos da matriz e inquietamente impaciente aguardava a entrada da noiva. Não sabia se ela já havia chegado, um dia antes a vida havia me dito que ela provavelmente não apareceria de forma a iniciar um enlace matrimonial comigo.
                Aos poucos um ou dois sentimentos chegavam e se posicionavam em um dos bancos mais distantes do altar da matriz. Concentrei-me na nova música que voava por ali e deixei-me para relaxar sob sua essência. Não havia convidado ninguém para o evento, queria somente a presença do ministro e da noiva. Não queria ter festa, por que aquele seria um evento pessoal e internamente dentro de mim.
                Ouvi as notas afinadas de um pássaro se misturar as da música que ainda soara, fechei os olhos e suspirei: “Será que Ela não viria?” Quando novamente permiti que meus olhos se abrissem um carro se mantinha parado em frente à porta de entrada da matriz. Fixei o olhar nela e aquietei-me.
                Corri o olhar pela nave da matriz e mais sentimentos estavam presentes querendo visualizar o evento. O ministro anuncia calmamente a entrava da noiva, a musica mudava iniciando sua marcha matrimonial. Um pequeno sorriso surgiu do fundo do peito e, empurrado pelo sangue na artéria, ele se desfez pelos lábios.
                A porta do veículo se abria lentamente, o vestido branco e longo não permitia que enxergássemos a perna e pés. Logo sua mão coberta por uma luva branca de detalhes dourados buscou impulso na porta e trouxe todo o restante do corpo.
                Sorri! Ela estava linda e viera para cumprir o que havia dito e mostrar para a vida que também sabe surpreender. Sozinha, se aproximou da porta. Os demais sentimentos levantavam e olhavam em direção a porta da matriz... Naquele instante um vento forte passou ao redor levando-me arrepiar. Com sua intensidade a calda do vestido e a grinalda se movimentavam seguindo a direção que o vento partia. E ainda sob a música que se iniciara, a Felicidade entrava rumo ao altar da minha vida para matrimoniar nossa relação, de forma que ela se transformasse na outra parte de meu ser.
                Vinha calmamente como tantas outras vezes que se encontrara comigo enquanto ainda nos conhecíamos. Mantive meu olhar ao seu e o dela se mantinha ao chão. Segurava as mesmas flores murchas e pálidas. Vestia-se com um longo vestido claro com detalhes dourados que davam mais brilho ao teu ser. Pisava sob o carpete da matriz como se estivesse movimentando-se sob algo frágil e delicado. Mas toda aquela senilidade a fez se aproximar de mim.
                Estávamos, agora, um ao lado do outro e de costa aos demais sentimentos que, pelo som emitido, parecia que haviam se sentado. Na ausência da música uma voz grave ecoava pela matriz iniciando a cerimônia e narrava nossa história: a voz era a de Deus.
                - “Por um longo período Ele buscava o amor que ligaria um ao outro. Buscava, porém, sem sair do lugar, sem ao menos insistir ou procurar. Buscava primeiro, em pensamento, um desejo impulsor de se movimentar. Ela sempre o aguardou! Sempre achou que era Ele que deveria se aproximar, que era Ele que deveria a buscar. E com isto, ambos ficavam parados! Ambos não se encontravam... Confesso que preferi não realizar o desejo dEle e, com isso, apenas fui gerando situações para Ele se permitisse e se movimentasse. Mas faltava a Coragem, Ele precisava primeiro  construir uma amizade com a Coragem. Gerei então uma forma dEle a conhecer e, ainda, de aproximá-los de forma mais amigável. Demorou, mas enfim, Ele descobria que a Coragem passava a ser sua melhor amiga (daquelas que chamamos de irmã). Todo mundo precisa de uma amizade, que sendo esta mais confiável, tratamos e contamos vários acontecimentos de nossa vida, no mesmo instante que pedimos ajuda e conselhos. Eu sabia que estava certo que isto era necessário para que enfim, ambos se encontrasse. A Coragem impulsionava constantemente seu amigo a se movimentar, espero que esta amizade dure perpetuamente, agora, mais que nunca, precisará mais dEla para continuar a seguir. Na verdade, está no momento de você fixar o olhar para a Felicidade e sorrir porque você conseguiu a obter. Fico feliz que tenha acreditado em mim e não na “Vida” que aparecera e lhe contara ladainhas. Graças a Coragem, seu forte impulsor, hoje você esta aqui no altar. Achas ainda que parado, e só, você teria obtido algo? Com toda certeza não. E falando em Certeza, é exatamente Ela, a irmã da Coragem, que eu tinha quando observava ambos distantes um do outro. A Certeza é, e sempre será, meu braço direito em todas as minhas ações. O Erro nunca se encontrou comigo, então acredite em minhas palavras, tudo aconteceu no tempo que deveria ocorrer. Faz parte da vida se encontrar com a tristeza as vezes, e até de se relacionar com ela. Mas ninguém jamais algum dia se casou ou casará com ela. O matrimônio é sinal de Alegria, e essas duas não se dão muito bem. Faz parte da vida, também, se deparar com o Desespero no meio do caminho e, com isso, deixar o Medo te fazer retornar. Não se assuste! Tudo isto faz parte e será necessário...”
                 Outro vento intenso corria de fora e entrava pela matriz. Minhas mãos começavam a tremer, estava nervoso e aquilo só passaria quando visse a entrada das alianças e a colocasse em meu dedo. A música se pausava, mas iniciava outra ainda mais calma e leve. Voava em sonhos, em pensamentos, em imaginação: chorei.
                - “Há, quantas lágrimas já viesse me entregar? Quantas vezes ouvia você lamentar dizendo: “Deus meu, porque me abandonastes!”Quanta inocência... Achas mesmo que eu, seu pai, lhe abandonaria? Se isso fizesse, jamais poderia ser considerado Deus. Eu permiti, porém, que demais coisas acontecessem para ver o quanto você pode ser forte. Sabe, quando você e a Felicidade ainda não se conheciam ambos passavam diariamente um ao lado do outro. Ela sabia de você, mas não podia se aproximar sem que você se aproximasse... Você, meu jovem, você que nunca se permitiu ter a Felicidade. Porque tanta pressa em seu caminho? Você ficava tentando me compreender e esquecia-se de entender você próprio, de procurar saber quem você é, do que realmente precisa e de que forma alcançaria isto. Você, como vários outros, vinha até o meu altar para me entregar novas lágrimas e pedir solução de seus problemas. Ei, fui eu que lancei sobre ti cada problema, queria testar e convencer a você mesmo o quanto poderia ser forte, mas você nunca tentou! Sempre fugia de você mesmo...”
                Novos sentimentos chegavam ao local, o ministro mantinha sua cabeça baixa, minha noiva ainda não tinha fixado seu olhar no meu nem ainda os encaminhado até mim. A matriz, que deixava a voz de Deus ecoante, aos poucos era preenchida por mais convidados. Eu não convidara ninguém, mas a Felicidade sim!
                - “Naquela quarta-feira ensolarada, quando resolvestes abrir a janela de seu coração e deixar o calor daquele sol entrar eu senti daqui do alto o cheio de mofo se desprender. Porque deixou seu coração trancafiado? Não deixou que ninguém penetrasse e conhecesse seu interior? O que escondes? Qual era o teu receio? Eu sei, tudo isto eu sei... Quero somente que lembre-se! Foi exatamente neste dia que sua voz caminhou até mim agradecendo por mais um dia. Como eu me alegrei em ouvir aquilo, você não veio com lágrimas, nem com tanto desespero. Veio e me agradeceu por tudo que estava passando... Sim, a partir daquele instante você amadurecia e já poderia se relacionar com Ela. Você ainda agia como uma criança ingênua, se desesperava em meio aos seus problemas, a toda sua ausência interna de si e apenas chorava cobrando-me por algo que não devo lhe pagar. Mas naquele dia, algo lhe mudava. Meu pequeno filho crescia, sim! Ele amadurecia... E é por este motivo, e tantos outros, que jamais desisto de um filho meu e sempre faço a repetição desta união...”
                Por instantes movimentei a cabeça e observei os demais sentimentos sentados, quietos e presentes no evento. De simples e vaga, a festa se expandia. Não havia mais ecos no local, a voz de Deus era a mais alta e nem os bebês presentes choravam por temê-la. Deus continuava contando a mim mesmo minha vida, antes de formular perguntas essenciais de qualquer casamento.
                - “Desde o ventre de sua mãe, eu havia lhe escolhido e escrito cada fase que viveu e tantas outras que ainda viverá. E nesta escrita estava justamente marcado para hoje seu enlace matrimonial com Ela. Que bom que não desistiu de você, ainda bem que você se despertou e viu que além de me pedir algo você também precisava tentar. Aquele meu filho já começava a ganhar uma mente mais aberta e observadora. Você, meu filho, começava aos poucos a abrir seu coração para os bons sentimentos entrar. E graças a sua amizade com a Confiança, você conheceu a Felicidade e enfim, passaram a se relacionar. Hoje, mais uma etapa em sua vida se concretiza comprovando novamente o quanto o seu amadurecimento permitiu que estivesse aqui...”
                A música cessa e muda instantaneamente para outra, onde sob esta ocorreria à entrada das alianças. Viramos-nos em direção contrária e observamos um pequenino Amor entrar, meio desajeitado , trazendo as alianças sobre uma almofada dourada. Cada passo a frente, mais me sentia! Cada passo dado, mais de mim se apresentava a mim. Cada passo que aquele Amor dava se aproximando de nós, mas eu passava a perceber o valor de minha vida, do meu bem interior, do meu singelo viver. Eis que Deus narrava o acontecimento:
                - “As alianças, símbolo de união, demonstrará seu compromisso com Ela. Isto indica que não deve desacreditar dela na tristeza, não duvidar de sua existência na doença, e ambos estarão juntos até no período que a morte os encontrar. Ela passa a ser metade do teu ser... Ela será a partir de então sua adjutora!”
                Recolhi as alianças e me posicionei na posição primordial.
                - “Antes de tudo, existe alguém presente que é contra este relacionamento?”
                Um silêncio iniciava pela matriz, uma mão se levanta indicando que alguém protestava com minha união estável com a Felicidade.
                - “Diga-me, o que tens contra esta relação?
               - “Como podes permitir que ele se case com a Felicidade tendo várias vezes falhado contra ti?” – dizia a própria blasfêmia.
                - “Meu caro, meu caro... Eu jamais impediria que meu filho seja feliz. Para isto, eu peço que o Perdão entre por esta porta e deixe que as pétalas de amor se renove neste ambiente...”
                E o Perdão entrava, fazendo que todas as rosas desabrochassem novamente com mais cor, mais perfume, mais brilho e mais encanto. Todo o meu ser se alterava... A Felicidade parecia já habitar dentro de mim: sorria!
                - “Há mais alguém contra este relacionamento? Acho que com Perdão, nada mais há a ser questionado...”
                O silêncio novamente voltava, mas desta vez nenhuma mão se levantara.
                - “Se não tem, peço que todos se coloquem sobre os pés.”
                Todos em pé, Deus continuou:
- “Filho meu, oh meu filho querido, aceita a Felicidade como sua adjutora?”
A voz parecia não sair, minhas mãos tremiam. Mesmo eu não sendo merecedor, Deus permitia que eu se casasse com quem eu tanto busquei. Mesmo reclamando em cada prova, em cada perca, mesmo achando que estava só, sendo que só nunca estive Ele não havia desistido de me fazer encontrar com Ela: sorri, chorei!
- “Sim, meu pai, eu aceito a sua vontade na minha vida!”

Uma claridade invadia meus olhos! Era como se uma grande luz se desprendesse do céu sobre mim. Meu peito transbordava de felicidade, lágrimas escorriam de meus olhos. A Felicidade se manifestava internamente com uma satisfação imensa de estar dentro de mim. Comecei a agradecer a Deus por ter permitido que eu a conhecesse, agradeci a minha amiga Coragem por ter aparecido no momento exato. Somente o agradecimento gritava em meu peito...
Eu vencia mais uma batalha. Deus revelava todo o seu resplendor sobre meu ser.
Já não estava na matriz, e sim ajoelhado em torno da minha cama agradecendo a Deus mais uma vez por mais um dia de vida. E sorri, com tanta alegria, que somente Deus conseguiria revelar o que eu senti e tudo que ainda sinto aqui dentro de mim.

Por: Wesley Carlos 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Coadjuvante Inquietação


Uma dorzinha contorcia em meu peito e começava a caminhar pela artéria esquerda. Já era noite e além da ausência das estrelas um sereno fino e silencioso, que sobrara da chuva que cessara, vinha ao chão. Quieto e um pouco sonolento debrucei na janela do quarto e fitei o deslocar da chuva pelo asfalto até seu desaparecer para o interior do bueiro.
                A luz do poste, próximo a minha residência e a única da rua que ainda acendia, ficava se alternando entre o iluminar ou não o espaço que seu feixe de luz preenchia. Mirei o olhar nela por instantes e deixei que as lágrimas, que eram empurradas por aquela dor para fora de meus olhos, descessem por minha face até se desprender do queixo até a base da janela.
                Não havia estrelas e a noite estava escura, fria e vazia. O deslocar daquela mágoa por todo meu corpo o fazia manter a mesma aparência obscura e assustadora que aquela rua ganhara naquela noite.
                O conflito existencial de sentimentos em mim parecia querer me despertar e me envolver cada vez mais naquela discussão diária que há tempos preferi não ficar envolvido. As dúvidas, contradições e incertezas de meu interior revelavam a mim mesmo minha fragilidade no instante em que estava sendo forte o bastante para suportar a nova ausência que surgira.
                Sentia medo: medo de perder o que ainda não havia ganhado, medo da coragem que aos poucos surgia, receio do porvir que não sabia se viria. E a guerra cada vez mais deixava recair sobre mim suas dores, magoas e destruições. Como se eu fosse seu impulsor, como se eu fosse o único alvo para consumir, como um soldado desarmado e impotente perante um exercito forte que jamais perdera uma batalha.
                Não era comum ouvir o cantarolar de alguma coruja solitária por ali, mas o som incomodante do pequeno pássaro deixava à rua uma aparência mais sombria e perturbadora.  Desencostei da janela e suspirei... Como eu precisava de um único abraço, de algumas palavras animadoras, como estava sendo difícil suportar tudo aquilo, como aquela ausência doía ao ser percebida.
                Buscava alguém que me entendesse e, com isso, me revelasse, buscava alguém que me ajudasse, buscava alguém que me fizesse mostrar o quanto o sorrir e o viver seria necessário. Mas quanto mais eu percorria para esta busca, mais e mais a vida me mostrava que a guerra estava em mim. Mais a vida tentava me dizer que o erro ocorria na verdade dentro de mim, mais a vida apontava para minhas imperfeições e me fazia chorar.
                Seria eu merecedor de tudo que me compõe? Seria eu merecedor de tantas vezes que sorri? Seria eu o motivo de tantos se afastarem? Seria eu o motivo da guerra ainda existir em mim? Seria realmente eu?
Não me entendia: não conseguia compreender porque sentir o que na verdade não era sentido, por que olhar para o que não existia, porque viver do que de nada favorece a vida, porque sonhar o sonho que jamais fora construído, porque ainda pensar que voltaria o que a morte já dissipou?
                - Ah... (Suspiro!)
                Levantei, passei a mão direita vagarosamente sobre a base da janela e espalhei as lágrimas sobre ela. A felicidade havia partido, ou na verdade nunca com ela havia eu encontrado. A existência daquela dor e o seu caminhar por minhas veias sanguíneas me movimentavam conforme sua dança espinhosa em meu coração. O inquietamento promovente pelo pulsar do coração mais desta dor me consumia.
                Era notório sentir o que não sabia que sentia.
                Era estupidez insistir em continuar num trajeto que em nada me levaria.
                Passei a mão, desta vez a esquerda, por minha face e sentei ao chão por abaixo da janela. Posicionei a cabeça sobre os joelhos e fechei meus olhos. Os sentimentos estavam entrando em um conflito instantâneo e brincando comigo mais uma vez. Após o trajeto anual, a dor novamente parava e se calava de forma que se escondia de mim. Passava por todo meu corpo para interferir em todos os outros sentimentos e banalizá-los.
                Ouvia o som forte da chuva que havia chegado sobre o asfalto. A luz que entrara pela janela provinda do poste já não era vista. Estaria eu em profunda escuridão ou seria o momento exato para nova luz procurar acender? Mas a escuridão me envolvia, me escondia, aos poucos me deixava mais apto a me olhar, a me sentir.
                Uma mão leve toca em minha face, acaricia meu lábio inferior e ouço entre um balbuciar:
                - Vai ficar tudo bem...

                Levantei assustado, porque a voz era a minha! Acendia a luz do quarto, porque a voz era a minha! Sequei as tantas lágrimas, porque a voz era a minha... Eu me permitia! Eu me confortaria! Eu conseguia insistir mais uma vez em mim, e sorri.


Por: Wesley Carlos

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Impotente Sentimento

Corri atrás de você...
E perto, longe ainda estava!
Vivi querendo você...
E tendo, querendo ainda estava!

Amei por anos você...
E amor, ainda não era estável!
Sofri tanto por você...
E sofrer, ainda não era venerável!

Corri para o que não existia;
E vivi sentindo o que não podia;
Amei o que jamais me pertenceria;
E sofrir, por não ter nada que eu queria.

Era tanto amor, tanto amor...
Que aquele amor me reformulou,
Hoje amo minha própria vida
E, vida, volte por favor?!
Por: Wesley Carlos

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ter Você

Não sei o que faz comigo
Nem sei o que fiz contigo
Sei que hoje já não vivo
Sem ver este teu sorriso tão lindo
...
Não sei o que fazemos um com o outro
Nem sei se algo aqui foi feito
Sei que hoje já não vivo
Sem receber o sabor do seu beijo
...
Não sei o que será daqui para frente
Nem sei se à frente algo nos espera
Sei que hoje já não vivo
Sem teu abraço tão quente
...
Não sei se amor já existe
Nem sei se tempo daremos para ele existir
Sei que hoje não vivo
Sem ti, sem ti...
Por: Wesley Carlos

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Noite de Sonhos: Resignação

Um lençol escuro cobria o céu de sonhos... Não havia nenhum brilho que pudesse ser comparado à lua ou as estrelas para assim ser chamado de belo, a única coisa que brilhava eram algumas lágrimas que desciam pela nascente de dor que meus olhos observavam. Aquelas mãos se mantinham cruzadas, os outros olhos não me percebiam ali, eram sorrisos, trocas de carinhos e cada vez mais a vida lançava outra camada de forma a cobrir todos os sonhos e gerar seu esquecimento.
                Caminhei na direção contrária, sentei na calçada com as mãos na cabeça e escondendo de mim mesmo minhas próprias lágrimas, eu olhava para aquela fonte que nunca secara. Já não via a infinidade de sonhos, mas ainda sabia de sua existência.
                Por anos sonhei com um amor que na verdade nunca existiu, ou não deveria ter existido... Aquele amor que há tempos desfalecera fizera parte de mim por muitos anos: completava-me mesmo estando eu incompleto. Saciava-me mesmo nada dele consumindo. Fazia-me sonhar, quando sonhos ainda não existiam.
                Aquele sentimento perfeito, fora na verdade o mais imperfeito. Que exigiu que eu fosse mais racional que sentimental... Sim, às vezes é necessário ser sábio e escolher entre um sentimento ou sua própria felicidade.
                Eu sabia que Clara e Diogo estavam juntos, não sabia, porém que não haveria mais a amizade entre eu Clara e Diogo. Olho para eles e vejo uma junção de sonhos, e um desfalecer feliz de uma infelicidade, da minha infelicidade. Estavam felizes e naquele instante eu percebi que aquele sentimento jamais poderia ser responsável por minha alegria. Jamais poderia fazer parte da minha história...
                Por anos alimentei o imaginário, por anos corri atrás do que se mantinha parado. O amor estável, o amor perturbador, o amor egoísta, o amor que nada além de amor ainda não existia. Eu amava no instante que não sabia amar, que não sabia me diferenciar, me decifrar. Eu amava Clara, mas não percebia no amor que deveria nascer em mim por mim.
Agora sim, vendo as trocas de carinho, vendo que ambos estavam ali felizes percebi que o amor que eu senti, o amor que eu guardei, todo aquele sentimento não existiu. Era somente um sonho! Algo que sonhava ter, sonhava almejar, sonhava um dia receber... Era sonho! E meu céu acabava de ser coberto, eu perdia sua visão, eu perdia aquele raciocinar e com isto o seu sentir.
Levantei-me da calçada, enxuguei as poucas lágrimas que restavam e peguei meu casaco que caíra ao chão. Fui caminhando lentamente, finas gotas de chuva caíam sobre mim, finas gotas de sonhos se desprendiam do céu e caíam sobre a cidade, finas gotas frias e quentes, gotas secas e molhadas, gotas inexistentes e deterioradas... Pedaços do que eu sonhei, pedaços do que eu senti, parte da tristeza que por anos me prendia.
Diogo e Clara sorriam! Brincavam na chuva... Cantarolavam!
Diogo e Clara se alegravam! Corriam na chuva... Comemoravam!
Diogo e Clara se olhavam!
Diogo e Clara se aproximavam!
E os lábios, os lábios que deveriam ser meus lábios, nos dele se encontravam.
E as finas gotas, em grossas se transformavam... E a enxurrada me levava, me desaparecia e eu já não me encontrava mais. Não sei para onde fui, o que me tornei e se vivi sem ela... Sei que aquele amor morreu no instante que vi a junção do amor de Clara por Diogo. Era confuso sentir o insensível e viver, então, acabei desistindo de mim.

Por: Wesley Carlos

domingo, 1 de janeiro de 2012

Súplicas

Diga-me que tudo foi um sonho e acorda-me.
Por favor! Acorda-me...
...
Diga-me que nada daquilo aconteceu e me desperte.
Sim! Desperte-me...
...
Diga-me que o sol está brilhando lá fora e puxe-me.
Por favor! Puxe-me...
...
Diga-me que já esta tarde e me arranque desta cama.
Sim! Levante-me daqui...
...
Diga-me que tem gente esperando meu sorriso.
Diga-me que tem gente esperando meu abraço.
Diga-me que quando eu levantar ainda haverá sorrisos e abraços.
...
Diga-me, vamos! Diga-me, por favor...
Diga-me que ainda posso ser feliz...
Diga-me que posso me despreocupar...
Diga-me que tudo em breve acabará...
...
Oh! Diga-me, não aguento mais esperar.
Diga-me que não há mais lágrimas para descer.
Diga-me que já amanheceu, e me desperte...
Diga-me que tudo foi um sonho e acordar-me...
...
E acorda-me...
E livra-me, Oh! Deus.
Por: Wesley Carlos