É um prazer imenso ter vocês aqui... Infelizmente, não tenho dado ao blog a atenção que ele merece, devido a correria do dia a dia. No entanto, o "Essência da Palavra" continua ativo, apesar da frequência reduzida de publicações. O carinho de vocês pelo espaço tem grande importância a mim. Obrigado!


Wesley Carlos, 17/09/2017.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Amor Póstumo



Ao te conhecer pensei que nada mais diferente seria.
Enganei-me!
 Aos poucos você foi me transformado...
E eu a você.
Nos dias alegres eu sentia teu abraço
E em seu calor, mais alegre ficava.
Nos dias tristes, também sentia teu abraço
Desta vez forte, calado, compreensível
No silêncio, em seu silêncio eu me contorcia
Em seu silêncio, mais uma vez lhe remexia
Em teu silêncio padeceu junto o meu viver
Neste silêncio, baixinho, ditei a minha história
Mas foi somente com este silêncio
Que pude reconhecer este sentimento!
Um sentimento que ficará em silêncio
No silêncio que é minha vida
No silêncio que terá a minha história.
Um silêncio que deixastes permanecer.
Renasce, meu amor!
E faça nosso amor viver.
Por: Wesley Carlos

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Incógnita



         A matemática é mesmo incrível. São letras e números, multiplicação e divisão, soma e subtração, Pitágoras, produto notável, expressões algébricas, diversas funções, infinitos numerais organizados em seus conjuntos, estatísticas, progressões, trigonometria, gráficos, formas geométricas, simetria, porcentagens, enfim... Um campo bem diversificado e que nos propõe diferentes desafios, tanto em resolução quando em descoberta de novas formas de resolvê-lo a partir da necessidade da existência e das inovações.
Esta nítida organização dos numerais e, em consequência, de toda a matemática permite uma reflexão bastante interrogatória quanto à atual sociedade. Se todos nós fossemos matemáticos e tratássemos a sociedade, em seu todo, como um assunto desta área o mundo com certeza teria outra perspectiva sendo esta mais organizada, unida e desafiadora quanto aos problemas surgidos, ou propostos, na tentativa de encontrar a solução mais adequada para cada situação.
Existem três incógnitas nesta equação, mas para esta solução não dependemos da matemática talvez, mas sim de cada um de nós que “calcula” todos os dias qual a opinião mais exata a tomar, qual o caminho mais certo a seguir, qual o sonho mais próximo de sua realização e dos desafios mais distantes da conquista e para isto não usamos formulas, seguimos o rumo do nosso pensamento.
Cada dia é uma incógnita e uma oportunidade de recomeço, mas ao invés de progredirmos estamos em um processo retrógrado aonde a sociedade vai aos poucos ao declínio que em breve será “incalculável”.
Esta sociedade desorganizada e desunida acaba por ignorar os desafios, e assim, não perceber a importância da resolução para estes. Essas são as incógnitas que se tornam tão complexas por não haver uma reflexão que gere a percepção da necessidade que existe para encontrar esta resolução. Mas devo “calcular” por substituição de termos, sendo assim, enquanto as duas incógnitas citadas anteriores não forem resolvidas, jamais encontraremos a solução da outra que é tão necessitada.
Em outras palavras estamos nos preocupando demais com nós mesmo de forma que o termo “sociedade” ainda exista como teoria, onde na prática o que ocorre é algo desumano, desleal e imoral, ou seja, totalmente o inverso do que esta expressão representa ou deveria representar. Acabamos por viver em sociedade, porém aquela onde as desigualdades sociais são consideradas inatas deste meio urbano.
Enquanto este assunto for avaliado como inconversível ou ignorado, continuará existindo e levando todos nós ao abismo social onde nascerá de forma mais indelével o indébito e espantoso problema social.
Se já fomos capazes de organizar a matemática, de criar conceitos, inventar os algarismos, as formulas mais convincentes e com isto o universo numérico mais proporcional a necessidade diária, porque não reorganizamos a sociedade? Revemos valores? Unimos-nos por um meio social melhor, mais justo? Por quê?
Os problemas sociais é uma incógnita que sempre existirá quando o “olhar fechado” continuar a existir, quando o egoísmo continuar a existir, quando a rejeição continuar a existir, enquanto não houver amor...
Realmente a sociedade é incrível. São problemas ignorados, desemprego, conflitos, a fome, a miséria, o preconceito, o racismo, a violência, a justiça injusta, o roubo, a poluição, a degradação, o descaramento, enfim... Um campo bem diversificado que a cada dia nos leva a um abismo sem retorno, como se caíssemos em um fundo insondável e assombroso.
A matemática que possui suas incógnitas se atualiza para evitar os erros, e a sociedade cada vez mais de deleita nos seus, como se tudo fosse normal, como se tudo deveria existir.
Eis o grande erro, haverá um dia solução?
Por: Wesley Carlos

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Um Ano De Essência Da Palavra

Escrevi este texto a um certo tempo, mas ele se encaixa com esta seção comemorativa!
Boa Leitura!

  A intensidade que uma palavra pode causar é dado pelas outras reunidas formando frases. Sentimos esta intensidade ao ler, e podemos cria - lá ao escrever. Ler e escrever são essenciais para podermos difundir ideias vivas ou prontas a nascer.
                Não é possível encontrar prazer em algo feito por obrigação e ou necessidade. Como a leitura, podemos levar em consideração este mesmo aspecto. Hoje, um aluno não lê um livro, pois já encontra um resumo disponível na internet. Hoje, não lemos um jornal por encontrar sua versão áudio-visual. Hoje, não escrevemos, pois o gosto por tal ato já é visto como impossível sem ao menos ter tentado. Hoje, as tecnologias fornecem artefatos mais “saborosos” que o toque dos dedos nas páginas de um livro e com a essência da palavra.
                O mundo de hoje é rápido demais para todos, um corre-corre, uma agitação e o tempo que antes poderia ser dedicado a cultura, hoje, recebe o nome de “descanso”. A juventude esta crescendo em ritmo onde um costume herdado por outrem se torna mais uma característica sua. Sempre existe o termo: “Já li demais hoje!”.
                Sempre haverá algo a te impedir imposto por você mesmo. É fácil passar a gostar de algo, desde que esse “algo” seja referente ao interesse pessoal. A vida, a sociedade, as desigualdades, os sentimentos, o beijo, um abraço... Tudo hoje está convertido em palavras. Quem lê se expressa bem, passa a escrever melhor, e o mais legal, se inspira ou se identifica com o que está sendo lido. Se identificando a leitura torna-se mais interessante. O interessante nos anima, animados passamos a gostar, depois de gostar é só desfrutar de toda essa Essência que as palavras possuem.
                Acreditem! É possível escrever um sorriso ou até mesmo molhar uma página com lágrimas. Sorrisos e lágrimas teus, sorrisos e lágrimas causado pela intensidade de uma palavra. Mas infelizmente hoje já temos a novela. Vemos mil novelas que conte as mesmas histórias de amor, mas não paramos para ler nem um artigo que fale deste sentimento.
        Já virou rotina ouvir e não ler, não escrever, criar, sentir, imaginar... Hoje temos imagens prontas, palavras já ditas.
         Encontramos o “novo” ao ler, e a partir do novo algo ainda mais novo e belo surge. Infelizmente o tempo passa, hábitos são esquecidos e correm o risco de se tornarem extintos.
            Ler é recolher palavras, antes lançadas ao vento. É dá vida e viver junto as página. Ler é se transportar para um mundo cheio de labirintos e novas descobertas, de onde saímos puros e vivos, como se a leitura o fizesse sentir o que o mundo ainda não permite.
 Por: Wesley Carlos

UM ANO DE ESSÊNCIA DA PALAVRA
Obrigado a todos que participaram comigo até este primeiro aniversário, 
construí este espaço com muito  carinho e sem vocês nada disso aqui teria razão para existir, as palmas abaixo é destinada a  você: Leitor!
                   
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Crédito desta Imagem:  Blog da Lindalva

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Erro no Acerto

           

               Na maioria das vezes não é necessário buscar o certo para encontrar a pessoa certa, pois esta será “certa” se souber lhe agradar mesmo que seja de forma errada. Em um mundo onde nada funciona certo dificilmente quem viver nele será perfeito.
                Aquela pessoa errada que pensamos ser a certa, na verdade, é a ideal. E a troca de um termo pelo o outro nos leva a julgar que o certo é incerto por ser o ideal. Pensando bem, se o ideal é a pessoa certa, o errado é somente suas atitudes e não a pessoa, atitudes que são corrigidas para poderem ser consideradas certas.
                Essa pequena correção é o que faz da pessoa errada ser a certa, e assim, as coisas, antes erradas, certas. Como tudo já é errado, na escolha do certo e do errado, acabamos errando. Depois da escolha errada percebemos que na verdade aquela era a certa, pois as coisas passam, a partir de então, a funcionar direito.
                Se for necessário errar para podermos acertar no futuro é este motivo que nos faz ser imperfeitos e o desejo de buscar a perfeição a cada dia. Se já fossemos perfeitos tudo estaria devidamente no seu lugar, e ao invés de lutar para que as coisas fiquem certas, de certo modo, todos fariam o inverso fazendo o certo ser incerto, e fazendo o perfeito imperfeito por não refletir, e isso não seria algo muito sensato.
                Quando paramos para pensar se algo é certo ou errado, refletimos. Ao analisarmos passamos a perceber e reconhecer gostos e comportamentos que nos agradam. Por pior que seja determinada atitude para nós, alguém a avaliou como certa para ela ser feita. Mas se essa certeza for realmente errada o que ocorreu ali foi ausência de reflexão, e isto é uma forma de imperfeição. Se não pensamos antes de agir, acabamos tendo uma probabilidade maior de errar.
                Se a pessoa certa é aquela que erra, é necessário sermos certos nesta falha para podermos a corrigir e vice-versa. Esta troca de correção, que se inicia por uma reflexão, é o que une o incerto e o aproxima do que a maioria das pessoas acredita ser o certo que pode até ser algo incerto.
                Quando nascemos não encontramos um manual onde informa o que é certo ou o que é errado neste mundo, esse pensamento vem crescendo conforme você vai se adaptando a sociedade que convive. O certo e o errado é uma escolha pessoal, tanto como a pessoa ideal para um relacionamento.
                É necessário existir um erro para assim alguém ter a oportunidade de acertar, ser imperfeito tem lá algumas vantagens. A pessoa certa, que inicialmente é aquela totalmente errada, vai completando as incertezas que existe em cada um em que ela se ajunta. Isto é perfeição! E somos imperfeitos para sermos perfeitos e fazerem as coisas seguirem um rumo sempre melhor. Aquele melhor que atinge a todos...
                A pessoa certa é simplesmente aquela que faz o que para mim é certo mesmo os outros vendo como errado. Independente do erro e do acerto a pessoa certa é aquela que faz o “coração vibrar”. E aquela que antes era errada se transforma na certa por se completar nas minhas próprias imperfeições.

Por: Wesley Carlos

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Relâmpago



Ela subia calada
A rua estava vazia e escura
Ela subia apressada
A rua era molhada pelo sereno
Ela subia descalça, despenteada
Ventava!
Um carro surgia ao longe, rápido!
Ela subia olhando-o tensa
O carro a cerca
Ela para
A bolsa cai
E grita e cala
E o carro vai.
E fica a bolsa, a rua e a chuva
E ele segue na rotina da injustiça
Procurando a morte,
Ignorando a vida,
E causando dor.
Restando a escuridão.
E o amor surge e some
Como aquele clarão em noites de chuva
E vai, e fica, e não retorna...
A intensidade do sereno aumenta
O carro volta.
Mas a rua ainda estava vazia
Sem vítimas, sem vida...
E o carro vai, sem amor
Ele sabe que existe amor?
Por: Wesley Carlos

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Despedida Inusitada



Estou indo e agora vou me despedir
Não posso mais ficar
Já te fiz demais chorar
É melhor eu sair!

Estou indo e agora me verás ir
Não posso mais te atrapalhar
Já te fiz me odiar
É melhor me distanciar!

Estou indo e agora sentirá minha falta
Não posso mais te fazer refletir
Já te fiz demais insistir
É melhor eu me calar!

Estou indo e agora devo demorar voltar
Não irei mais te prender em mim
Já te fiz demais sofrer
É melhor eu te largar!

Estou indo e agora peço perdão
Não me olhe com desprezo
Já estou me retirando
É melhor que eu vá agora!

Estou indo e hoje sei que fui
Restarão em ti algumas lembranças
Daquele sentimento que lhe machucou
Para reconhecer que não deveria estar em ti!

Adeus, agora será tardar o meu voltar
Mas não a olhe com tanta ternura
O inverso, me obrigará a me reinstalar!

Estou indo mesmo não devendo sair
Mas existe em mim o imperfeito
Que necessita de perfeição!

Eu fui, e quando vou sem ódio, sem culpa
Somente por obrigação eu volto, mais forte
Mais ágil, mais intenso: eu sou o amor!

E superior a mim
Está aquela que me gerou
Mas que não sabe
Por isso, vou...

Por: Wesley Carlos